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terça-feira, 22 de julho de 2014

Gestão de equipes na administração moderna

Quem nunca passou por situações inconvenientes em ambientes profissionais causadas justamente por quem deveria adotar uma postura de liderança? Embora, a ciência da Administração tenha avançado no eixo da liderança, encontra-se, ainda, gestores com atitudes questionáveis e de conduta medíocre e egocêntrica.


A prática da liderança requer uma base comportamental galgada nos princípios éticos da transparência de intenções. O gestor moderno dispensa fofocas, intrigas, jogos de interesses ou dissimulações no trato com sua equipe ou no que se refere a ela. Em contrapartida, ele exerce sua liderança com base na confiança e com a certeza de tê-los como aliados em busca do alcance da missão, visão e dos valores da empresa. Afinal, de acordo com John Maxwell, “o bom líder é aquele capaz de atingir a sensibilidade da equipe sem impedir o seu brilho”.

A melhor maneira de liderar é conduzir trabalhos da forma que gostaríamos que a nossa equipe procedesse, ou seja, ser o próprio exemplo. Se o gestor espera dedicação, honestidade, lealdade e cooperação de sua equipe; ele deve agir da mesma forma com ela: dedicado, honesto, leal e participativo; a isso chamamos de reciprocidade. Como disse David J. Schwarts, “a maneira pela qual encaramos nossas tarefas determina a maneira pela qual nossos subordinados encararão as deles”.

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Um belo dia, uma mãe procurou um velho sábio da Índia no intuito de que ele orientasse seu filho quanto ao consumo excessivo de açúcar. Depois de enfrentar uma fila quilométrica sob o sol escaldante do deserto, ela finalmente chegou à presença do grande sábio, então, expôs sua preocupação: relatou que seu filho consumira uma quantidade de doces extremamente danosa aos seus dentes e à sua saúde em geral. Mostrou como a criança estava obesa e debilitada, sem ânimo e ociosa. Entretanto, para sua surpresa, o grande mestre a pediu que voltassem em duas semanas. Contrariada a mãe foi para casa com seu filho. 
Duas semanas depois mãe e filho retornam e enfrentam novamente a grande fila até chegarem ao seu líder espiritual, de pronto ele os reconheceu: - sejam bem vindos de volta! Em seguida teceu seus argumentos com simplicidade e sabedoria (como era de se esperar dele), mencionou os malefícios que o excesso de açúcar pode causar às pessoas, a importância de uma alimentação saudável e tudo mais. Assim, a criança compreendeu e prometeu mudar de hábitos alimentares.
Agradecida, contudo, intrigada, a mãe, questionou o grande sábio por não ter falado aquelas palavras pro seu filho na primeira vez que ela e o filho estiveram lá. Então ele a respondeu: naquela ocasião, eu também comia muitos doces.
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O pequeno conto mostra que o líder espiritual, em sua grande sabedoria, entendeu que para orientar o filho daquela mãe, ele precisava se tornar o exemplo a ser seguido. A coerência entre o que falamos e fazemos nos respalda, ou não, no exercício da liderança. Lembrem-se: um líder atua com base na empatia e conquista adeptos por admiração e não meramente pela autoridade. Uma excelente forma de identificar se você age com empatia –capacidade de se colocar no lugar do outro- é pensar se suas atitudes seriam bem vindas por você, isto é, será que você gostaria se agissem assim com você?

Essa conduta não se aplica apenas aos novos gestores, os da velha prática devem adequar sua linha de pensamentos e adotá-la também, para assim, prosperarem à luz dos novos tempos e, dessa forma, não sucumbirem diante de um mercado cada dia mais exigente, impiedoso e implacável.

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