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sábado, 16 de outubro de 2010

Quais os desafios da Rampa do Planalto para os Próximos quatro anos?


Foto: Abril.com

 Comandar uma nação complexa, dinâmica e com as dimensões continentais como o Brasil, certamente, não é nada fácil. São inúmeros os desafios: sociais, culturais, habitacional, de segurança, de saúde, desenvolvimento econômico com viés sustentável, descentralização de renda entre classes sociais e entre Regiões, além, do combate às drogas e do fortalecimento da família.
Contudo, apenas boa vontade não será suficiente para realizar tantas, árduas, tarefas sem o devido apoio do Poder Legislativo; é a famosa “gorvenabilidade” pois as principais decisões relativas às soluções desses problemas depende, necessariamente, da aprovação no Congresso Nacional e no Senado.
As Reformas Políticas e Tributárias são cruciais à consolidação da democracia, não é plausível que a população vote em um determinado candidato e eleja outros tantos só por causa de legendas partidárias, que um candidato com mais votos perca sua vaga para outro com menos votos por sua legenda ser mais favorável. Da mesma forma não é nada democrático que se pague, sob o mesmo produto, diversos impostos, e que, quem possui uma menor renda pague, proporcionalmente, mais do que quem tem uma renda maior. São mazelas históricas, mas que precisam ser elucidadas.
A questão da infraestrutura nacional é preponderante para um desenvolvimento econômico com fluidez, com um litoral de mais de 7 mil km e a maior rede hidrográfica do mundo cerca de 60 mil km de rios, é difícil de acreditar que nossa produção escoe, principalmente, pelas rodovias e não por navegação de cabotagem (navegação interna, pelos rios e pelo litoral nacional). Já existem diversos estudos que apontam a viabilidade desse tipo de navegação, mas é preciso coragem para investir na navegabilidade dos rios e em todo complexo estrutural dos nossos Portos, desde seus píeres e diques, passando por seus armazéns até nas estradas de ligação com as cidades.  Os trens consomem um grande investimento, mas agregam, de forma estratégica, um papel preponderante aos portos fluviais e marítimos.
Ainda, não devemos esquecer o quão foi tortuoso o apagão elétrico há tempos atrás, o forte crescimento do país requererá uma matriz energética sólida e robusta, capaz de fornecer o combustível do desenvolvimento, com sustentabilidade e segurança.
E esses mesmos estudos de viabilidade fluvial também denotam outro grande desafio ao próximo, ou à próxima, presidente; a questão ambiental. Não por uma suposta “onda verde” que se fala na mídia, mas pela real necessidade de cuidarmos de nossas riquezas naturais. Há muito, já sentimos os resultados desse disparate ambiental que causamos com inconsequência e desdém durante séculos, mas que é possível reverter com os pés no chão e a cabeça no desenvolvimento.
As políticas de distribuição de renda devem permanecer e serem aperfeiçoadas em suas contrapartidas profissionalizantes e no seu controle, o Bolsa Família é reconhecido e sugerido ao mundo inteiro pela ONU por sua capacidade de potencialização de combate à miséria e resultados econômicos, além de melhorar a vida nos interiores do nordeste invertendo a migração dessas pessoas para as grandes cidades, já atrofiadas.
Talvez o maior desafio seja, de fato, cuidar para que os brasileiros adquiram uma melhor qualidade de vida em harmonia consigo e com o planeta.

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