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Comandar
uma nação complexa, dinâmica e com as dimensões continentais como o Brasil,
certamente, não é nada fácil. São inúmeros os desafios: sociais, culturais, habitacional,
de segurança, de saúde, desenvolvimento econômico com viés sustentável, descentralização
de renda entre classes sociais e entre Regiões, além, do combate às drogas e do
fortalecimento da família.
Contudo,
apenas boa vontade não será suficiente para realizar tantas, árduas, tarefas
sem o devido apoio do Poder Legislativo; é a famosa “gorvenabilidade” pois as principais
decisões relativas às soluções desses problemas depende, necessariamente, da
aprovação no Congresso Nacional e no Senado.
As
Reformas Políticas e Tributárias são cruciais à consolidação da democracia, não
é plausível que a população vote em um determinado candidato e eleja outros tantos
só por causa de legendas partidárias, que um candidato com mais votos perca sua
vaga para outro com menos votos por sua legenda ser mais favorável. Da mesma
forma não é nada democrático que se pague, sob o mesmo produto, diversos
impostos, e que, quem possui uma menor renda pague, proporcionalmente, mais do que
quem tem uma renda maior. São mazelas históricas, mas que precisam ser
elucidadas.
A questão
da infraestrutura nacional é preponderante para um desenvolvimento econômico
com fluidez, com um litoral de mais de 7 mil km e a maior rede hidrográfica
do mundo cerca de 60 mil km de rios, é difícil de acreditar que nossa produção
escoe, principalmente, pelas rodovias e não por navegação de cabotagem (navegação
interna, pelos rios e pelo litoral nacional). Já existem diversos estudos que
apontam a viabilidade desse tipo de navegação, mas é preciso coragem para
investir na navegabilidade dos rios e em todo complexo estrutural dos nossos
Portos, desde seus píeres e diques, passando por seus armazéns até nas estradas
de ligação com as cidades. Os trens
consomem um grande investimento, mas agregam, de forma estratégica, um papel preponderante
aos portos fluviais e marítimos.
Ainda,
não devemos esquecer o quão foi tortuoso o apagão elétrico há tempos atrás, o
forte crescimento do país requererá uma matriz energética sólida e robusta,
capaz de fornecer o combustível do desenvolvimento, com sustentabilidade e
segurança.
E esses
mesmos estudos de viabilidade fluvial também denotam outro grande desafio ao
próximo, ou à próxima, presidente; a questão ambiental. Não por uma suposta “onda
verde” que se fala na mídia, mas pela real necessidade de cuidarmos de nossas
riquezas naturais. Há muito, já sentimos os resultados desse disparate
ambiental que causamos com inconsequência e desdém durante séculos, mas que é possível
reverter com os pés no chão e a cabeça no desenvolvimento.
As
políticas de distribuição de renda devem permanecer e serem aperfeiçoadas em
suas contrapartidas profissionalizantes e no seu controle, o Bolsa Família é
reconhecido e sugerido ao mundo inteiro pela ONU por sua capacidade de potencialização
de combate à miséria e resultados econômicos, além de melhorar a vida nos
interiores do nordeste invertendo a migração dessas pessoas para as grandes
cidades, já atrofiadas.
Talvez
o maior desafio seja, de fato, cuidar para que os brasileiros adquiram uma
melhor qualidade de vida em harmonia consigo e com o planeta.